O lúdico aproximando as crianças da vida e da Arte

o ludico aproximando as criancas da vida e da arte

Ensinar arte para crianças pode ser um desafio. Afinal, como tornar significativo a elas a história, vida e obras de grandes artistas como Leonardo Da Vinci e Monet, por exemplo?

A resposta: utilizando meios lúdicos. Brincando as crianças podem viver experiencias significativas com a Arte, elaborando questionamentos, fazendo associações e se posicionando em relação a experiencia vivida.

Porque o brincar é tão importante para o aprendizado das crianças?

O brincar ou o jogo não é simplesmente um “passatempo”, ao contrário, é uma necessidade orgânica e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar, sobretudo na educação infantil.

E por que brincar?

Porque a brincadeira é uma linguagem infantil.

• No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando.

• O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam.

• Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca.

• O brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto.
Os conhecimentos da criança provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros.

• É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações.

• Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca.

O brincar apresenta-se por meio de várias categorias. E essas categorias incluem:

• O movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças;

• A relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles;

• A linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constroem;

Existem diversos tipos de jogos e brincadeiras que auxiliam e estimulam o aprendizado dentre eles: motores (correr, saltar); intelectuais (damas, xadrez, etc.); competitivos, de cooperação e os jogos dramáticos (o jogo dramático se diferencia dos outros jogos porque envolve representação, personagens e sentimentos). O jogar é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu.

Segundo HAIDT (2000), o jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. É uma atividade lúdica, pois se joga pelo simples prazer de realizar esse tipo de atividade. Para o autor, quando se está brincando com um jogo, nós nos preocupamos exclusivamente com o prazer que este nos proporciona, atentamos para as regras e, no final se saíram vencedores ou perdedores. Mas, analisando profundamente esta questão, a participação em jogos contribui e muito para as formações de futuros cidadãos conscientes, como o respeito mútuo, a solidariedade, a cooperação, a sinceridade, senso de responsabilidade, entre outros. Sem dúvida, o jogo tem um valor de formação de caráter excitante e também esforço voluntário, pois trabalha a nossa atenção, concentração e conhecimento. Tendo como característica universal a brincadeira, a criança, através do brincar e do jogo, faz suas próprias descobertas, testa seus limites, aprende regras básicas de convivência e desenvolve o emocional e o cognitivo, pois a brincadeira é algo sem “compromisso” que se realiza naturalmente, sem cobranças.

“Agora eu era herói e o meu cavalo só falava inglês….”

O faz-de-conta proporciona momentos de aprendizado enriquecedores para as crianças, onde os espaços se transformam os papéis se multiplicam e de repente a sala de aula vira uma linda praia ou a casa se transforma em um grande restaurante Ou, quem sabe o pequeno menino vira um enorme, feroz e assustador leão.

A representação de um determinado papel na brincadeira faz com que a criança desenvolva sua imaginação, construa suas relações de amizade e aprenda a lidar com os conflitos. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre o modo de relacionar-se com as pessoas, consigo mesma e com o outro. É por meio da brincadeira de faz-de-conta que a criança expressa sua capacidade de dramatizar e aprende a representar, tomando como referência a imagem de uma pessoa, de uma personagem ou de um objeto. Além disso, verbaliza emoções diante de situações que não estão presentes nem são perceptíveis para ela no momento em que expressam sentimentos e atribuem significados vivenciados em outras circunstâncias.

O Museu da Imaginação apresenta várias possibilidades em seus espaços onde as crianças possam vivenciar tudo isso referido acima e ainda entrar em contato com a arte. Por meio do brincar, mais do que conhecerem os artistas e suas obras, nosso objetivo é que se entre em contato com o processo criativo dos artistas por meio de instalações imersivas e exposições interativas, jogos, oficinas criativas, tornando o contato com a arte um aprendizado prazeroso, instigante e até mesmo inesquecível. Onde o Brincar, o brinquedo, o jogo e a Arte estão sempre juntos e misturados.

Brincar é preciso! Acompanhado da arte, então, é necessário.

Venha no Museu da Imaginação viver esta experiência!!

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